Época das incertezas: “O que quero ser quando crescer”?

Por Paula Santana

Um dos maiores desafios de estudantes que estão terminando o ensino médio, é qual o curso e faculdade cursar. Isso se torna ainda mais complicado, quando se trata de alunos muito jovens, a idade entre 16 a 20 anos.

Muitos fatores contribuem para essa indecisão, entre eles estão a ausência de universidade dentro da cidade, condições financeiras da família, a faculdade não oferecer cursos que agradam o aluno, a falta de maturidade para fazer a escolha e vários outros.

Existem ainda aquelas pessoas que começam um curso e logo desistem ou trocam de curso diversas vezes. Essas situações são mais comuns do que se imagina no âmbito acadêmico. De acordo com dados de 2006 do MEC, cerca de 21,7% dos alunos evadiram do sistema de educação superior por desistência, abandono ou trancamento de matrícula. Os motivos podem ser diversos, mas a falta de identificação com o curso escolhido é uma das justificativas mais apontadas pela desistência da área selecionada.

Gustavo Santana de Oliveira, 16 anos, está no 3° ano do ensino médio. Ele pensa em cursar Engenharia por gostar muito de desenhos, porém detesta matemática e, esse é o principal motivo que já o faz pensar em desistir do curso. “Gosto muito de português, mas não tenho vontade de fazer nada ligado a Direito, Letras ou mesmo Jornalismo”. Agora Gustavo está estudando para prestar o ENEM, pois ele sabe que, obtendo uma boa nota, tem uma variedade de cursos e faculdades para escolher.

Para a coordenadora de seleção do Núcleo Brasileiro de Estágio (Nube), a psicóloga Natália Caroline, uma das razões pela escolha errada são as pressões pós-conclusão do Ensino Médio. "O jovem é pressionado no último ano do Ensino Médio tanto pelos pais quanto pelas escolas para decidirem sua futura profissão e já iniciar uma faculdade no ano seguinte. Nem todos possuem maturidade para tal decisão e, por isso, o número de candidatos com faculdades trancadas aumentou bastante nos últimos anos. Nesses casos, avaliamos os motivos pela escolha do curso atual e verificamos se esta opção também foi feita por imaturidade".

Não se pode deixar de destacar também, os que visam apenas o retorno financeiro. Muitos fazem o curso sem pensar na sua satisfação profissional. Isso pode acarretar sérios problemas no futuro, pois, a pessoa pode se tornar um mal profissional e, consequentemente ser mal remunerado.
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Enchentes no estado do Rio de Janeiro


Por Costa Filho



Deslizamento que atingiu o Morro do Bumba no Cubango, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, na noite de quarta-feira (8). O coronel Pedro Machado, subsecretário de Defesa Civil, diz não haver mais expectativa de encontrar pessoas com vida. “Pela nossa experiência é uma morte instantânea. Desceu uma grande quantidade de terra, pedra e lixo", disse Machado, que também é comandante do Corpo de Bombeiros. "É muito difícil encontrar alguém vivo. É diferente do Haiti, onde prédios desabaram e as pessoas ficaram presas em bolsões de ar. Aqui foi uma grande quantidade de terra. Quando cai, toma todo o ambiente."
Fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL1561566-5606,00%20HA+AO+MENOS+SOTERRADOS+NO+MORRO+DO+BUMBA+DIZ+SUBSECRETARIO+DE+DEFESA+CIVIL.html

As enchentes no Rio de Janeiro esta semana já causaram mais mortes do que qualquer outro incidente semelhante em 2010 em qualquer parte do mundo. Nos últimos 12 meses, a inundação no Rio foi a quinta mais fatal do mundo.
As autoridades brasileiras confirmam que pelo menos 95 pessoas já morreram, mas, segundo alguns relatos, o número de mortos pode passar de cem. Segundo dados preliminares do Centro de Pesquisas de Epidemiologia dos Desastres (Cred, na sigla em inglês), a pedido da BBC Brasil, as quatro enchentes que mais mataram pessoas nos últimos 12 meses foram na Índia, Arábia Saudita e Serra Leoa. O Cred, sediado na Bélgica, coleta dados sobre catástrofes há 30 anos e fornece estatísticas para pesquisadores de todo o mundo. O pior incidente aconteceu na Índia, onde as chuvas de monções em julho do ano passado em diversas partes do país deixaram 992 pessoas mortos. Em setembro, outras 300 pessoas morreram, também em inundações na Índia. A lista é seguida por inundações na Arábia Saudita - em novembro, com 163 mortos - e Serra Leoa, em agosto, com 103 mortos. A enchente desta semana no Rio aparece na quinta posição na lista do Cred.
Pobreza
Outra enchente no Brasil - que inclui as inundações no litoral do Rio e São Paulo, em janeiro - era até esta semana a mais fatal no mundo em 2010. Naquela ocasião, 74 pessoas morreram, segundo o instituto belga.
As outras enchentes mais fatais registradas neste ano pelo Cred foram em Madeira, Portugal (42 mortos em fevereiro), Cazaquistão (37 mortos em março), México (41 mortos em janeiro) e França (45 mortos em fevereiro e março). Os dados deste ano ainda são preliminares e estão sendo revisados pelo centro. No Rio de Janeiro, a maior parte das mortes foi causada por deslizamentos em Niterói e no Rio de Janeiro. As cidades foram atingidas por algumas das chuvas mais fortes em anos no fim da tarde de segunda-feira.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo para que as pessoas deixem suas casas nas regiões em que ainda há riscos de deslizamentos. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que "a situação é caótica". Para especialistas em desastres, os mais pobres são os mais vulneráveis em casos como este. O levantamento do Cred mostra que os países pobres lideram no número de mortes por inundações. Um relatório de 2009 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) afirma que apenas 11% das pessoas expostas a catástrofes naturais vivem em países pobres, mas que é em países pobres que ocorrem mais de 53% das mortes. BBC Brasil.
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,enchente-no-rio-esta-entre-as-mais-fatais-nos-ultimos-12-meses-no-mundo,534900,0.htm
Os últimos acontecimentos no Estado do Rio de Janeiro revelam a fragilidade pela qual passa a estrutura de nossas cidades. Grandes construções em áreas de risco são erguidas e com isso, casas venham abaixo, levando a óbito famílias inteira. Após mais essa tragédia, lições devem ser tiradas evitando assim que no futuro, novas catástrofes possam ceifar vidas tão prematuramente.
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Mosquito da Dengue desabafa

Por Hadassa Ester


Um dia desses, ao andar por aí, encontrei um mosquito voando pelas ruas da cidade. Ao abordá-lo, descobri que se tratava de um Aedes Aegypti, e por sinal, fêmea. Presente em todos os meios de comunicação, por transmitir uma doença perigosa, ela aceitou me conceder uma entrevista exclusiva.

Quem é Aedes Aegypti?
Este é meu nome científico, Aedes vem do grego e significa "odioso" e ægypti do latim "do Egipto”. Mas no Brasil fomos apelidados de mosquito da Dengue mesmo. Acho que isto acontece por ser um nome difícil de pronunciar e também pela mania que as pessoas têm de identificar o outro pelo o que fazem, como por exemplo, o João do picolé, a Maria do pão de queijo.

Quer dizer que transmitir a Dengue é seu trabalho?
Na verdade, nós fêmeas precisamos nos alimentar de sangue para a continuação de nossa espécie. Isto faz com que nossos ovos amadureçam e geramos filhos saudáveis. A Dengue é consequência, pois se o sangue estiver contaminado nós vamos transmitir o vírus ao picar outra pessoa. Porém sempre aplicamos um anestésico para que ninguém sinta dor.

Mas e a dor que vem depois, com os sintomas da Dengue?
Olha, quanto a isto, não podemos fazer nada. Só estamos cumprindo nosso papel de mosquito fêmea, não temos o controle sobre quem estamos picando, se estão doentes ou já tiveram a doença.

Como e quando as pessoas são picadas?
Costumamos fazer isto no começo da manhã ou no final da tarde. Preferimos as regiões dos pés, tornozelos e pernas. Isto ocorre, pois costumamos voar a uma altura máxima de meio metro do solo.

Além da transmissão da doença, existe outra diferença entre vocês e o mosquito comum?
Se olharem de perto, é possível notar que temos listras brancas no dorso, pernas e cabeça. O pernilongo tem vida noturna, enquanto que nós preferimos o dia. E nós não fazemos barulho quando voamos.

Como os mosquitos machos se alimentam?
De frutas e outros vegetais adocicados.

Como e onde vocês vivem?
Somos mosquitos urbanos. Gostamos de morar dentro das casas mesmo, nos ralos dos banheiros ou nos quintais, de preferência aqueles que possuem recipientes que acumulam água, senão não tem como depositar os ovos.

E as pessoas aceitam morar com vocês?
Bom, isto acontece até o momento que alguém fica doente. Quando descobrem nossa presença fazem de tudo para nos matar. Jogam veneno, eliminam a água parada e consequentemente, as crianças. Já vi muitos mosquitos serem obrigados a se mudar e também vários que perderam seus filhos.

Será alguém gostaria de conviver com os responsáveis por causar uma doença perigosa e várias mortes?
Estamos aqui porque nossos antepassados vieram de carona da África nos navios negreiros. A modernidade que vocês constroem também nos favorece. A enorme quantidade de lixo e recipientes que acumulam água garante a sobrevivência da nossa espécie. Agora somos muitos e virou este extermínio geral, vocês nos matam ou matamos vocês. E que vença o melhor.

Existe outra alternativa?
Bom, a tecnologia e a pesquisa possibilitaram a criação de uma vacina contra a febre amarela, doença que nós também transmitimos, só para constar.
Quanto a Dengue é mais complicada porque tem quatro variações diferentes de vírus, mas acredito nos avanços da medicina.

Alguma mensagem para a população?
O inverno vem aí, e é hora de mudar temporariamente porque detesto frio e seca. Vou sentir saudades. Então, até o próximo verão.

Ficha Técnica:
Tamanho: 0,5 cm de comprimento
Tempo de vida: 45 dias, em média
Habilidade: pode contaminar até 300 pessoas
Maior sonho: chuva o ano todo
Maior medo: fumacê e inseticida
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Atitude


Por Ranayan Campos






Segundo o dicionário, universitário é quem se relaciona ou pertence à universidade. Porém, ser universitário é mais que uma simples relação de pertinência, não existe uma fórmula para ser universitário, nem um padrão a ser seguido. É essa liberdade que gera a diversidade do jovem universitário. É esse futuro incerto que influencia nas escolhas feitas durante o período vivido.
É a oportunidade de crescer, aprender muito, preparar-se para o mundo do trabalho, estabelecer novas e boas relações, participar ativamente da vida universitária e aprender um novo modo de fazer política, realizar uma fantástica viagem pelo mundo do conhecimento e daqui a alguns anos se tornar um bom profissional.
A grande diferença estará na mudança de atitude que você conseguir imprimir à sua vida. Você terá pela frente talvez o maior desafio que já enfrentou até agora. Talvez maior que a própria tentativa de ingressar na Universidade. O desafio não é concluir um curso superior, mas se tornar uma pessoa com novos conhecimentos, competências e habilidades. Mais que isso, o maior desafio é se tornar uma pessoa melhor, mais madura e mais aberta pro mundo...
Ser universitário é uma questão de atitude!
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Caso Watergare - O poder do Jornalismo Investigativo

Por Francismar Germano


Na madrugada do dia 17 de junho de 1972, cinco homens vestindo terno e gravata, calçando luvas cirúrgicas e carregando milhares de dólares nos bolsos foram surpreendidos arrombando o escritório do Comitê Nacional do Partido Democrata, localizado no sexto andar do edifício Watergate, em Washington, capital dos Estados Unidos.
O crime chamou a atenção de Carl Bernstein e Bob Woodward, dois jovens repórteres do jornal "The Washington Post", um dos mais importantes do país. Eles passaram a seguir as pistas com ajuda de uma fonte sigilosa que, por 33 anos foi conhecida apenas como “Garganta Profunda”.
As matérias do "Post" revelaram que Nixon fez um "caixa dois" de campanha, ou seja, fundos com dinheiro não declarado, para financiar operações de espionagem aos democratas. O objetivo era encontrar algo desfavorável aos adversários para ser usado como arma de campanha, de forma a garantir a vitória nas urnas.
Oficialmente, a Casa Branca não comentava o assunto. Ao longo dos dois anos seguintes, Nixon negou qualquer envolvimento com os fatos ao mesmo tempo em que, nos bastidores, montava uma "força tarefa" para obstruir as investigações da polícia e difamar o jornal.
Mark Felt, era na época o segundo homem na direção do FBI, a polícia federal norte-americana.Em 2005 ele revelou ser a fonte anônima mais bem guardada das últimas décadas. A contribuição do ex-agente do FBI às matérias publicadas no "Post" culminaria, dois anos depois da invasão ao quartel-general dos democratas, com a primeira renúncia de um presidente norte-americano e mudaria para sempre o cenário político da maior potência mundialWatergate entraria para a história como o mais famoso escândalo dos anos 70, e Garganta Profunda, como o personagem mais misterioso da política dos Estados Unidos.
Collor de Mello x Watergate
A sombra do Watergate paira como um emblema sobre as redações do mundo todo. No Brasil, nós também tivemos o nosso Watergate: a cobertura que resultou no impeachment do presidente Fernando Collor de Mello. Uma boa parte desta cobertura foi contada nos vários livros publicados sobre o assunto. Houve uma pequena reportagem, no entanto, que acabou esquecida e, apesar de ter sido o estopim de todo o caso, é pouco lembrada como tal. Assinada pelo jornalista Eduardo Oinegue, uma matéria publicada em VEJA já alertava que Pedro Collor ameaçava contar o que sabia sobre os esquemas do seu irmão presidente. Detalhe: seis meses antes da fatídica entrevista.
Depois da primeira reportagem, Oinegue, então chefe da sucursal VEJA em Brasília, escalou um jovem repórter de sua equipe, Lula Costa Pinto, para "colar" em Pedro. Ao contrário de seus colegas do New York Times, que menosprezaram as informações que possuíam, Oinegue vislumbrou logo o que poderia resultar daquela briga de irmãos. O resultado foi a brilhante entrevista que marcou a história política do Brasil.
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