14 de abril de 2010

Enchentes no estado do Rio de Janeiro


Por Costa Filho



Deslizamento que atingiu o Morro do Bumba no Cubango, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, na noite de quarta-feira (8). O coronel Pedro Machado, subsecretário de Defesa Civil, diz não haver mais expectativa de encontrar pessoas com vida. “Pela nossa experiência é uma morte instantânea. Desceu uma grande quantidade de terra, pedra e lixo", disse Machado, que também é comandante do Corpo de Bombeiros. "É muito difícil encontrar alguém vivo. É diferente do Haiti, onde prédios desabaram e as pessoas ficaram presas em bolsões de ar. Aqui foi uma grande quantidade de terra. Quando cai, toma todo o ambiente."
Fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL1561566-5606,00%20HA+AO+MENOS+SOTERRADOS+NO+MORRO+DO+BUMBA+DIZ+SUBSECRETARIO+DE+DEFESA+CIVIL.html

As enchentes no Rio de Janeiro esta semana já causaram mais mortes do que qualquer outro incidente semelhante em 2010 em qualquer parte do mundo. Nos últimos 12 meses, a inundação no Rio foi a quinta mais fatal do mundo.
As autoridades brasileiras confirmam que pelo menos 95 pessoas já morreram, mas, segundo alguns relatos, o número de mortos pode passar de cem. Segundo dados preliminares do Centro de Pesquisas de Epidemiologia dos Desastres (Cred, na sigla em inglês), a pedido da BBC Brasil, as quatro enchentes que mais mataram pessoas nos últimos 12 meses foram na Índia, Arábia Saudita e Serra Leoa. O Cred, sediado na Bélgica, coleta dados sobre catástrofes há 30 anos e fornece estatísticas para pesquisadores de todo o mundo. O pior incidente aconteceu na Índia, onde as chuvas de monções em julho do ano passado em diversas partes do país deixaram 992 pessoas mortos. Em setembro, outras 300 pessoas morreram, também em inundações na Índia. A lista é seguida por inundações na Arábia Saudita - em novembro, com 163 mortos - e Serra Leoa, em agosto, com 103 mortos. A enchente desta semana no Rio aparece na quinta posição na lista do Cred.
Pobreza
Outra enchente no Brasil - que inclui as inundações no litoral do Rio e São Paulo, em janeiro - era até esta semana a mais fatal no mundo em 2010. Naquela ocasião, 74 pessoas morreram, segundo o instituto belga.
As outras enchentes mais fatais registradas neste ano pelo Cred foram em Madeira, Portugal (42 mortos em fevereiro), Cazaquistão (37 mortos em março), México (41 mortos em janeiro) e França (45 mortos em fevereiro e março). Os dados deste ano ainda são preliminares e estão sendo revisados pelo centro. No Rio de Janeiro, a maior parte das mortes foi causada por deslizamentos em Niterói e no Rio de Janeiro. As cidades foram atingidas por algumas das chuvas mais fortes em anos no fim da tarde de segunda-feira.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo para que as pessoas deixem suas casas nas regiões em que ainda há riscos de deslizamentos. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que "a situação é caótica". Para especialistas em desastres, os mais pobres são os mais vulneráveis em casos como este. O levantamento do Cred mostra que os países pobres lideram no número de mortes por inundações. Um relatório de 2009 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) afirma que apenas 11% das pessoas expostas a catástrofes naturais vivem em países pobres, mas que é em países pobres que ocorrem mais de 53% das mortes. BBC Brasil.
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,enchente-no-rio-esta-entre-as-mais-fatais-nos-ultimos-12-meses-no-mundo,534900,0.htm
Os últimos acontecimentos no Estado do Rio de Janeiro revelam a fragilidade pela qual passa a estrutura de nossas cidades. Grandes construções em áreas de risco são erguidas e com isso, casas venham abaixo, levando a óbito famílias inteira. Após mais essa tragédia, lições devem ser tiradas evitando assim que no futuro, novas catástrofes possam ceifar vidas tão prematuramente.

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