24 de março de 2010

Os rumos do jornalismo impresso

Por Paula Santana


O jornal impresso vem enfrentando uma série crise de existência. Depois da chegada das novas tecnologias de informação (rádio, TV e Internet), mais velozes e, muitas vezes mais eficientes; o impresso agora enfrenta este desafio: sobreviver em meio a tantos concorrentes fortes. Muitos pesquisadores afirmam que ele desaparecerá, porém mesmo abalado em sua estrutura, ele ainda sobrevive, tentando se fazer notável e importante.


Notável e importante o jornal impresso sempre foi. A questão são as outras tecnologias que fornecem a informação com mais rapidez e em “tempo real”, como é o caso da Internet, além de ser multimídia (a pessoa pode encontrar vídeos, textos, infográficos, fotografias etc.) e em pouquíssimos parágrafos já deixa o público inteirado.


Podemos notar uma grande mudança, tanto na linguagem jornalística, quanto no local de trabalho do jornal. Os novos modelos trazidos dos Estados Unidos fizeram modificações na forma de se escrever. A técnica da pirâmide invertida, a notícia resumida, o espaço para infográficos, tudo para facilitar a vida do leitor, que hoje, não tem mais tempo de ler todas as folhas do jornal.


A mudança nos estilos também é um fator importante. Aquela notícia seca e rápida dos impressos, dá lugar a um tipo de texto interpretativo, visando explicar a notícia, tornando-a mais agradável. Muitos autores falam que o perigo da informação interpretativa é a editorialização, porém esse trabalho deve ser feito por bons profissionais, para não haver o risco de a notícia ser misturada com opinião.


A origem de uma boa reportagem começa pela pauta. O bom pauteiro mostrará os caminhos certos para o repórter. E o repórter fará seu trabalho seriamente visando transmitir informação competente e de forma acessível para seu leitor. Linguagem acessível quer dizer linguagem clara, inteligível e simples, pois o repórter escreve para todas as camadas da população. Lembrando também do quesito objetividade e imparcialidade ensinado nas universidades. A objetividade não pode ser confundida com a passividade ou em dar uma notícia fria. O repórter deve, ao mesmo tempo, ser o mais imparcial possível, mas nunca deixar que a matéria fique pobre, apenas com as declarações das fontes.


Através desses poucos exemplos citados acima, já podemos ter uma noção de como o jornalismo impresso se modificou ao longo dos anos para se adaptar a essa nova cultura da comunicação de massa e de como vem tentando sobreviver em meio aos desafios da profissão.

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