19 de março de 2010

Paulo Eustáquio não confirma sua candidatura a deputado estadual


Por Muriele Silva



O reitor da Universidade de Rio Verde (Fesurv), Paulo Eustáquio Rezende Nascimento (PTB), está em conversação com o partido e acertando os últimos detalhes de sua possível candidatura a deputado estadual de Goiás.

Engenheiro agrícola com mestrado em engenharia mecânica, Paulo Eustáquio tem até o dia 02 de abril para dizer se renuncia à reitoria da Universidade em prol de sua vida política e negou ser esse um projeto pessoal. “Se for o caso, sentirei muito em deixar a Fesurv, mas vou atender ao desejo do meu partido”, disse. Ele ressaltou a necessidade de políticas públicas voltadas à segurança, à saúde e à educação em Rio Verde e adiantou que, se for realmente candidato, esses serão os pilares de sua campanha.

Ao ser perguntado sobre a possibilidade de se instalar no município uma universidade pública, seja ela estadual ou federal, o atual reitor destacou que essa precisa oferecer cursos que atendam aos anseios da população e não interesses particulares, como em outras cidades. “Além disso, sou também favorável ao fortalecimento da própria Fesurv, que presta um trabalho reconhecido nacionalmente”, acrescentou.

Segundo explicou, seus dez anos à frente da Fesurv o tornaram conhecido, tanto aqui quanto nas demais cidades onde estão instaladas unidades da instituição. “Estou sendo muito cobrado a participar politicamente do crescimento de Goiás”, disse.
Eustáquio é contra a candidatura única para deputado em Rio Verde e disse que um candidato em potencial deve trabalhar em prol de toda a região, não só do município. “O fato de existir um candidato apenas é bom pra ele mesmo, não para a população”, afirmou.
Para o presidente do PTB – partido ao qual Paulo Eustáquio é afiliado –, Júlio Caparelli, é necessário reduzir o número de candidatos a deputado federal de Rio Verde. Ele disse ainda que o município possui eleitorado suficiente para eleger até quatro deputados estaduais, portanto é a favor da candidatura múltipla. “O cidadão precisa ter a oportunidade de escolher quem pode melhor representá-lo”, disse.

Caparelli acredita que a acusação de improbidade administrativa – denúncia levantada pelo prefeito de Rio Verde, Juraci Martins (DEM), contra Paulo Eustáquio –, não representa ameaça à possível candidatura do reitor. “Até porque a denúncia não foi apurada nem julgada e a população não atentou para isso, tanto é que recentes pesquisas mostram que a aceitação popular é muito grande”, explicou.

Danglarys José Barbosa, acadêmico de Direito da Fesurv, não concorda com os dados de tais pesquisas citadas pelo presidente do PTB. O estudante acredita que Paulo Eustáquio possui grande força política em Rio Verde e região, mas acha difícil a aceitação popular em relação ao reitor, principalmente por parte dos próprios acadêmicos, devido às suas ações frente à Universidade. “Mas em se tratando de política, não se pode prever o resultado”, disse.

Para Jesued Lima, também acadêmica de Direito da instituição, o reitor precisa ser mais acessível, para lidar tanto com a Fesurv quanto com o estado inteiro, em uma possível candidatura e posterior eleição. Ela reclama da indisponibilidade de Eustáquio em receber aos alunos. “Se ele não atende nem uma instituição relativamente pequena, o que faria com o estado?”, pergunta.

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